De quem é a responsabilidade do descarte do lixo? Porque as pessoas não assumem a responsabilidade da separação do lixo? Porque adotar a sustentabilidade como padrão de vida? Quem deve se preocupar com o lixo? Como a separação do lixo faz a economia circular acontecer? Como o lixo vira dinheiro?
Enquanto muita gente descarta todos os resíduos domésticos sem a menor preocupação, milhões de pessoas fazem dinheiro do lixo. A inutilização desses materiais, é na verdade um conceito que hoje não existe mais. Tanto pela questão ambiental, quanto pela questão social e econômica, devolver os resíduos sólidos ao ciclo produtivo, é um dever de todos que habitam este planeta.
De repente você e tantas outras pessoas podem dizer: “Quem tem obrigação de cuidar do lixo, é a prefeitura”! Sinto informar, que embora os governos municipais tenham deveres com a coleta do lixo, cada um de nós também tem responsabilidades com os resíduos que produzimos.
De quem é a responsabilidade do descarte do lixo?
É comum a reclamação quanto a falta de coleta do lixo em muitas cidades. Comum também é a expressão de repúdio onde lixo de todo gênero encontra-se espalhado nas vias públicas, terrenos baldios, córregos e rios. No entanto, poucas pessoas pensam antes de jogar em qualquer lugar um papel de bala, uma garrafa de plástico ou até mesmo, móveis e lixo doméstico.
A culpa sempre é do gestor público. Certamente a administração pública peca quando não institui um serviço de coleta de lixo. Contudo, a falta de consciência de cada indivíduo sobre a responsabilidade quanto a seus resíduos, cria grandes problemas em todos os sentidos.
O descarte inconsciente do lixo que cada um produz, impacta diretamente o meio ambiente comprometendo a qualidade de vida de todos. Portanto, todos somos responsáveis por todo desequilíbrio e alterações climáticas que estão acontecendo no planeta.
Em 1969, a primeira foto da Terra vista do espaço tocou o coração da humanidade com a sua beleza e simplicidade. Isto chamou a atenção de muitos para o fato de que vivemos em uma única Terra. Que nosso ecossistema é frágil e interdependente. E a responsabilidade de proteger a saúde e o bem-estar desse ecossistema começou a surgir na consciência coletiva do mundo.
Porque as pessoas não assumem a responsabilidade da separação do lixo?
Em 1972 a ONU convocou a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia). A partir de então, o debate e a preocupação universal sobre o uso saudável e sustentável do planeta e de seus recursos continuou a crescer.
O evento foi um marco e sua Declaração contém 19 princípios que representam um Manifesto Ambiental para nossos tempos. Ao abordar a necessidade de “inspirar e guiar os povos do mundo para a preservação e a melhoria do ambiente humano”, o Manifesto estabeleceu as bases para a nova agenda ambiental do Sistema das Nações Unidas.
Terceirizar a responsabilidade dos nossos hábitos, é uma tentativa inútil de fingir que o problema não é nosso. Inútil, pois todos pagam o preço, até os que ainda não nasceram.
Devemos moldar nossas ações em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. Vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo.
Por que adotar a sustentabilidade como padrão de vida?
O desenvolvimento sustentável é a forma de suprir as necessidades atuais sem comprometer as futuras gerações. Por isso, um mundo onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas estará sempre propenso a crises ecológicas.
O desenvolvimento sustentável requer que as sociedades atendam às necessidades humanas tanto pelo aumento do potencial produtivo como pela garantia de oportunidades iguais para todos. Sustentabilidade é um processo de mudança onde a exploração dos recursos, os investimentos, o desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia.
Com a estratégia de desenvolvimento sustentável, nasce a economia circular, onde os produtos devem ser reutilizados, até mesmo quando se tornam resíduos. Prolongar o ciclo de vida útil dos materiais, é também transformá-los em matéria-prima para novos produtos. Economizando por esta via, os recursos naturais.
Para que o processo sustentável aconteça, todos devem mudar os hábitos de consumo e vida. Isto inclui adotar medidas simples no nosso dia a dia. A separação do lixo em casa e a preocupação com o descarte final dos materiais que não podem ser reciclados, são exemplos de atitudes sustentáveis.
Quem deve se preocupar com o lixo?
Se o lixo produzido no mundo todo é resultado das atividades humanas, está mais que claro, assim, que a preocupação deve ser de todos. Dessa forma, o ato comum, e inconsciente de jogar lixo de qualquer jeito em qualquer lugar, também gera acúmulo e poluição.
Quando o descarte é feito de qualquer maneira, significa que não houve uma classificação e nem um tratamento do que foi gerado. Nesse sentido, além dos riscos de contaminação também há prejuízos e desperdícios.
O motivo é simples: muitos materiais podem ser reaproveitados, de forma total ou parcial, com custos menores. Contudo, reaproveitar materiais recicláveis é algo possível com vários tipos de resíduos.
Pensar na destinação correta, permite estabelecer etapas de processamento. Dentro dessas etapas o mercado de resíduos sólidos, se tornou um importante setor na geração de empregos e renda.
Por incrível que pareça, quando separamos o lixo doméstico, estamos participando de um processo sustentável
Como a separação do lixo faz a economia circular acontecer?
A produção de lixo vem aumentando de forma significativa em todo o planeta. Contudo, pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, 1 quilo de lixo por dia. Assim, entre resíduos sólidos e resíduos orgânicos, basicamente tudo pode ser reaproveitado!
Para que os resíduos gerados em nossas casas possam ter valor agregado, a separação do lixo nosso de cada dia, faz muita diferença. Pois quando são misturados, resíduos secos e orgânicos, pilhas e outros gêneros, os materiais recicláveis acabam contaminados. Isso reduz o valor na hora que o catador vai comercializá-los.
A não segregação do lixo, desperdiça também matéria orgânica. Dessa forma, as cascas de frutas, legumes, restos de comida entre outros, que poderiam ir para compostagem se perdem no lixo misturado.
Quando os resíduos recicláveis são devidamente separados, impedimos que esses materiais cheguem aos lixões ou aterros. Disponibilizamos materiais limpos e descontaminados a catadores, cooperativas, ou podemos nós mesmos comercializá-los. Este ato é a base que ajuda a movimentar a economia circular.
Prolongar a vida útil dos produtos através da reutilização e reciclagem é preservar os recursos naturais. Pois nas indústrias os resíduos sólidos são matéria-prima a baixo custo.
Como o lixo vira dinheiro?
Contrário ao que se pensa, tudo que é descartado pode agregar valor econômico. Ainda mais, neste período de crise, o setor de resíduos sólidos recicláveis, não só resiste, como cresce!
Se você não separa seu lixo, está desperdiçando dinheiro. Mesmo que não venda seus pets e latinhas, separando os resíduos secos, você facilita o trabalho dos catadores. Milhões de pessoas no mundo todo vivem da coleta de materiais recicláveis e movimentam bilhões de dólares na economia mundial.
Infelizmente, nem todos os catadores possuem uma visão empreendedora do seu trabalho. Mas os que conseguem entender a grandeza e a importância desse setor, se tornam empresários e verdadeiros agentes ambientais. É o caso de Wlaudomir dos Anjos, que da cooperativa de catadores, buscou conhecimento e transformou sua condição de vida.
Wlaudomir fez o curso CORE do Virapuru Training Center. Através das estratégias e técnicas que aprendeu, conseguiu implementar seu trabalho com recicláveis. Hoje seus rendimentos e qualidade de vida estão em outro padrão.
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Fontes: ONU (Organização das Nações Unidas) Cláuvia Figueiroa, Jornalista – MTB3998